O Critério da Cura


Se você se considera cristão esse texto é para você, mas se você não se considera cristão esse texto também é para você


Já virava meio-dia e o profeta Eliseu ainda estava à mesa. Ele ficou ali algum tempo olhando para o prato no qual havia acabado de fazer sua refeição. Ele escutou alguém bater à porta, porém sem fazer qualquer menção de levantar-se, do terraço ele olhou  para fora e viu um grupo de homens esperando debaixo do sol quente. Estavam visivelmente cansados e traziam consigo um monte de tralhas e caixas. Dentre eles, um se destacava pelas suas roupas finas e caras, parecia alguém importante. Em seu íntimo, Eliseu não tinha qualquer dúvida sobre a identidade daquele homem. Era Naamã, o capitão do exército do rei da Síria. Por debaixo de seu traje suntuoso, muitas feridas borbulhavam com o calor escaldante. 

Um empregado da casa foi procurar saber o que queriam, voltou de lá com uma expressão atônita. Antes que ele dissesse qualquer coisa, Eliseu lhe ordenou que não abrisse a porta. Depois de uma pausa, prosseguiu com a seguinte instrução: 

-Diga a Naamã, que dê meia volta, que não perca tempo e não se demore em mais nada. Tome o caminho pelo qual veio, e quando da estrada avistar um riacho de cor barrenta, que desça até lá e mergulhe nele sete vezes. Nem um a mais, nem um a menos.

O moço levou o recado enquanto Eliseu acompanhava a conversa de longe. Quando o rapaz terminou de falar, Naamã que estava com a cabeça baixa, levantou os olhos cerrando-os em direção ao profeta ainda sentado à mesa. Eliseu retribuiu o olhar sem variar uma linha sequer de seu rosto até que Naamã tirou a vista e olhou para a estrada, subiu em seu cavalo e em silêncio tomou seu rumo. Em seu coração, Elizeu não entendeu, pois o semblante de Naamã não era o de um homem que encontrou a cura, mas era o rosto de alguém que havia acabado de tomar um remédio mui amargo. Não obstante, exatamente ali começava a sua cura, pois a função do remédio não é ser doce, mas matar aquilo que me impede de sarar, isto é, eu mesmo. Mais precisamente, por esta razão, ninguém sozinho pode curar a si mesmo.


No meio cristão e, até mesmo fora dele, a cura parece se apresentar como uma ideia revestida pelo brilho do milagre. O milagre, por conseguinte costuma ser concebido como algo mágico e encantado. Quando esperamos por um milagre, geralmente esperamos por uma maravilha, uma intervenção divina que subverta as leis naturais ou a ordem habitual dos fatos para tornar a circunstância em nosso favor. São exemplos disso a abertura do mar vermelho, no êxodo do povo hebreu, ou a transformação da água em vinho, como o primeiro milagre de Jesus. 

Os milagres são marcados pela intervenção divina em momentos nos quais o ser humano não tem saída ou solução. O caminho pelo meio do mar vermelho era o único possível para a salvação dos hebreus, do contrário seriam devastados pelos egípcios. O jovem casal teria diante de si uma festa de casamento triste e desolada caso Jesus não tivesse sido convidado. 

Igualmente, no território da saúde, encontramos diversas situações onde a intervenção divina modifica inteiramente o estado do organismo das pessoas.  Temos diversos exemplos, mas para mencionar apenas um deles, pense no caso da mulher que tinha uma séria hemorragia que lhe fazia sofrer há muitíssimos anos. Ela enfrentou a multidão de pessoas em volta de Jesus e, sem precisar de muita coisa se contentou em tocar-lhe as vestes. Não quis ouvir uma palavra de conforto, nem quis que Jesus lhe dirigisse um olhar de amor, ela apenas queria tocar na pontinha das vestes. E deu certo! Ela foi curada. Conforme a descrição no evangelho de Marcos (5.25-34), ela foi curada instantaneamente, ou imediatamente, se você preferir. 

Em um outro caso semelhante, encontramos um homem de importante posição para o Império Romano que, tendo encontrado Jesus, lhe pediu que curasse seu estimado servo, o qual estava à beira da morte. Mais uma vez, vê-se aqui uma situação aonde o indivíduo interessado na cura não exigiu muita coisa de Jesus. 

-"Senhor, não te incomodes"(...) disse o homem. -Na verdade, "não sou digno de que entres debaixo do meu telhado", "dize, porém, uma palavra, e o meu criado sarará"(Lucas 7.7-8 / Mateus 8.8-10).

Jesus, maravilhado com o pedido respondeu-lhe: "Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou" (Mateus 8.13).

Note que tanto neste, assim como no primeiro caso, existe uma qualidade peculiar: a imediaticidade. Mateus faz questão de registrar: "e naquela mesma hora...". O que me chama atenção neste aspecto da cura é que para muitos ela se torna a essência do milagre. Em outras palavras, um milagre só passa a ser reconhecido como milagre, e a cura só é tomada como cura quando ocorrem "imediatamente". Mas e quando a cura não é imediata? Muitas vezes, sobretudo quando se trata de adoecimento psicológico e emocional, a cura parece demandar uma caminhada e um processo ao qual o indivíduo precisa se submeter sob circunstâncias que ele não acataria por livre e espontânea vontade.

Tendemos a ideia de cura a uma forma instantânea do agir de Deus. É verdade que o agir de Deus com frequência nos parece imediato e rápido, mas isso não nos autoriza a dizer que o agir de Deus se circunscreve à nossa percepção do Seu agir. Na verdade, seria até mesmo ingênuo crer que existe alguma brecha da realidade a qual não corresponde à vontade e ao agir de Deus. Ele está no controle de tudo.

É preciso ter cuidado com a tentação de restringirmos a cura a um acontecimento e a um acontecimento percebido e compreendido por nós. Pois tendo feito isto, restringimos o milagre e o próprio entendimento acerca do agir de Deus a uma mera intervenção pontual em momentos da nossa vida.

Aos olhos de Jesus, no entanto, o milagre pode ter começado quando os noivos o convidaram para a festa, ou quando aquela mulher do fluxo de sangue, mesmo depois de ter se frustrado com tantos médicos decidiu crer Naquele que não a frustaria, motivo pelo qual ela encarou a multidão contentando-se com o tocar-lhe as vestes. Talvez o milagre, aos olhos de Jesus, começou quando o centurião romano, reconheceu a Sua autoridade e, vendo-se indigno da presença do Salvador, pediu apenas uma Palavra.

Ao que parece, para essas pessoas, a fé lhes fazia não se importar com a forma como se daria o milagre ou a cura. O centurião não exigiu que Jesus provasse o seu poder à distância, pelo contrário, ele reconhecia que nem sequer era necessária a presença física do Mestre, a Sua Palavra bastava. A mulher doente não acreditava que o poder de Jesus estava em Suas vestes, ela acreditava que tocar nas vestes Dele seria suficiente. Para eles não importava como seria, importava de Quem seria a Palavra ordenada e de Quem seriam as vestes.

Estas pessoas reconheciam o poder de Jesus, elas com certeza já haviam visto ou ouvido que Ele realizara muitos outros milagres. Não tenho dúvidas de que elas souberam de milagres instantâneos operados por Jesus. Não obstante, não consigo imaginá-las se aproximando de Jesus e lhe dizendo: 

-Senhor, quero que o Senhor me cure e, quero que o faça imediatamente.

A posição na qual aquelas pessoas se percebiam e, a posição na qual elas percebiam Jesus, as impedia de fazerem qualquer exigência dessa natureza. Elas se viam perdidas e elas o viam como o Salvador. Não ignoro que, por vezes, a urgência das circunstâncias nos leva a orar assim, pedindo a Deus, nosso Papai, que Ele faça uma intervenção, e uma intervenção rápida ou uma intervenção de uma determinada forma específica. Os antigos nos inspiram nesse sentido, e, não acho, pelo menos a princípio, que eles ou nós pecamos quando dizemos:  

"Livra-me, ó Deus! Apressa-te, Senhor, a ajudar-me!"(Salmos 70:1). 

Existem situações que demandam orações desta natureza e, até creio que é da vontade de Deus que as façamos, mas em nenhum aspecto elas devem ser exigências dirigidas a Deus. Basta lembrarmos que no mesmo versículo em questão, antes de dizer "apressa-te, ó Deus"(...) o salmista escreve "quanto a mim, sou pobre e necessitado"; e antes de dizer "Senhor, não te demores!", o salmista reconhece "Tu és o meu socorro e o meu libertador" (Salmos 70.5). Não tenho dúvidas de que o autor deste Salmo não teria escrito estas coisas sem que estivesse verdadeiramente angustiado, em aperto e esperando uma solução imediata do Senhor para um problema imediato.

O equívoco não está em pedir a ajuda de Deus, Lhe dizendo o que você entende que precisa, mas sim em exigir que Deus opere, aja ou resolva um problema da maneira como você mesmo acha que deve ser feito e não da maneira Dele. Reconheço que diversas vezes erramos até mesmo em nossa forma de pedir porque não sabemos sequer o que de fato precisamos, mas se oramos em sinceridade, Deus tanto não leva em conta nossa ignorância, quanto também trata de nos revelar de fato quais são as nossas reais e verdadeiras necessidades lançando a luz da palavra em nossos corações. De qualquer modo, em se tratando de cura, é menos pior errar a petição por ignorância do que por prepotência ou orgulho.

A prepotência e o orgulho são substitutos insustentáveis da fé. Dentre muitos dos seus frutos, um deles é a intenção cega de estabelecer como a cura deve acontecer. Aqui reside o ponto central deste texto. Ele é dedicado a mim e a você quando estabelecemos como devemos ser curados. Dizemos para Deus qual é o nossa doença e Lhe impomos o nosso próprio critério da cura. Nos assemelhamos a alguém que estando seriamente doente vai ao médico e chegando lá diz a ele:

-Doutor, já sei qual é o meu problema, vim aqui apenas para que o senhor assine a receita, por favor tome nota dos medicamentos que eu me prescreverei.

Percebe o quando essa cena pode ser absurda? Porém é exatamente assim que com frequência agimos diante Daquele que é o Médico dos médicos.

Em minha experiência clínica já ouvi dezenas e dezenas de pessoas que já chegam ao consultório com um psicodiagnóstico que elas mesmas se deram. Geralmente essas são as pessoas pessoas que querem tratar apenas os sintomas sem ir às raízes dos mesmos. Elas me dizem:

"Neemyas, eu só preciso sair desse relacionamento".

ou

"Neemyas eu só quero parar de ter esse comportamento".

Em resposta, sempre lhes digo que eu não trato comportamentos, mas pessoas. Imagino que Deus tem o mesmo a nos dizer, embora nós oremos com frequência dizendo: "Senhor, não quero mais fazer isso ou aquilo". Acontece que nesse momento estamos pressupondo que o mal está no comportamento e na atitude, mas não em nosso coração.

Por outro lado existem as pessoas que estabelecem a transformação do mundo como o critério para a cura interior, isto é, primeiro preciso curar o mundo e isso irá me curar. Eu tenho defendido a ideia de que é mais fácil mudar o mundo do que mudar o próprio coração. Por isso é mais fácil se engajar em lutas políticas e ideológicas para consertar do mundo do que se submeter a um processo de tratamento das próprias feridas. Quão doloroso é para o homem vencer todas as guerras, receber toda honra e glória, mas ao final de tudo sentar-se em seu trono e dar-se conta de que por dentro ainda não há paz. O problema permanece e é por isso que ele precisa criar novas guerras, as guerras o mantém distraído da paz interior a qual não pode ser conquistada. Que adianta vencer muitas guerras e permanecer leproso?

Quantas vezes ficamos estancados, paralisados e adoecidos porque estamos esperando pela cura que nós mesmos estabelecemos? Não conseguimos mais perceber nada além da cura tal como nós mesmos a formatamos. Ficamos presos a problemas antigos com amigos, familiares, cônjuges porque em nosso coração temos um formato pré-estabelecido de cura ou de solução. Então oramos:

-Senhor, preciso que o Senhor dê um jeito no meu chefe, só assim terei paz no meu trabalho.

ou 

-Senhor, quero que o Senhor me cure, mas primeiro preciso que o Senhor trate meu marido, pois estou doente por causa dele.

ou

-Senhor, quero que o Senhor me cure, mas primeiro preciso que o Senhor trate minha mãe, pois estou doente por causa dela.

Muitas vezes passamos anos fazendo esses tipos de oração e muitas vezes estamos crendo que com isso temos fé quando na verdade estamos apenas dizendo a Deus que nós e não Ele, sabemos o que é melhor pra nós mesmos. A questão que precisa ser posta aqui é a seguinte:Depois de tanto tempo estabelecendo seu próprio critério da cura você a reconheceria se a visse? Você a abraçaria por livre espontânea vontade? Você aceitaria o critério de Deus para a sua cura sem nenhum tipo de objeção?

Eu diria que tanto eu quanto você, com frequência, evitaremos o critério de Deus mesmo que isso seja para o nosso próprio bem, mesmo que isso seja para a nossa própria cura. Nós resistimos a cura e, por isso nos machucamos ainda mais. Nós iremos fazer de tudo, iremos gastar todo nosso dinheiro, toda a nossa energia e até mesmo todo o nosso tempo tentando arrodear o caminho do critério de Deus. Vamos usar analgésicos, entorpecentes, distrações, passatempos ou fermentos a fim de evitarmos a visita à casa do oleiro. Posso dizer isso, é claro, a partir das minhas próprias experiências, afinal muitas vezes o critério da cura de Deus para a minha vida perpassa por aquilo que eu mais abomino, odeio, tenho medo, rejeito, ignoro ou desprezo.

Nesses momentos Deus precisa utilizar-se da Sua "homeopatia". Minha esposa costuma dizer que Deus às vezes nos trata por homeopatia (ὅμοιος- semelhante/ πάθος-doença). Você pode perguntar diretamente a ela sobre esse assunto, pois não saberei dar detalhes. Sei apenas que na homeopatia o princípio terapêutico é o de que similia similibus curantur, ou seja, "semelhante pelo semelhante se cura".

Para exemplificar este princípio deixe que eu retorne a Naamã, pois o orgulho é uma lepra para a alma. O orgulho tanto me adoece quanto me impede de ser curado. O orgulho me faz impor como devo ser tratado e orgulhoso eu presumo conhecer a solução para meu problema mais do que o Médico. Mas o orgulho, na melhor das hipóteses, não nos leva um centímetro além da mera constatação da nossa própria condição, pois saber que é um leproso não é suficiente para me fazer deixar de sê-lo. O orgulho me impede de receber cuidado, pois ele não aceita o reconhecimento da fraqueza. O orgulho me faz acreditar que eu deveria me lavar em águas cristalinas, quando na verdade minha alma é tão barrenta quanto o rio Jordão. O orgulho pode me fazer voltar para casa com todos os meus presentes e também com a minha lepra. Ele me ensina que é melhor morrer leproso a se humilhar na frente dos outros.

Mas Naamã decidiu se lavar na sujeira. E eu não consigo olhar para ele como um homem estranho, eu me vejo no corpo de Naamã. Eu sinto o calor daquela tarde e sinto no meu peito a frustração e a raiva pelas palavras do profeta. Minha angústia entala na garganta e eu decido voltar pra casa. Quando sou convencido pelos meus companheiros de viagem, sinto que não serei julgado por tal humilhação. Pelo menos para eles, ainda continuarei sendo Naamã, um homem querido pelo rei. Ainda assim quando eu começo a me despir, sinto em minha pele o olhar curioso e atento de cada um daqueles homens. Um descontentamento devastador emerge do meu coração, começo a chorar de raiva, mas ao pisar naquelas águas o meu corpo me diz que não há mais volta. Dentro em pouco, eu já estou com a água na cintura e tudo que preciso fazer a partir de agora é ceder a favor da gravidade. Relaxo meus joelhos e afundo sob o Jordão. A água está agradável, mas aquele fora apenas o primeiro dos sete mergulhos. 

A maior cura para Naamã foi a cura para seu orgulho. Deus usou águas sujas para curar uma pele suja e um coração leproso. Para Deus a verdadeira cura começa com o reconhecimento da minha condição e termina com o reconhecimento de Quem Ele é (e vice versa, e simultaneamente). Muitas vezes a cura vem de forma miraculosa, repentina, bela, maravilhosa e imediata, mas muitas vezes ela requer uma longa e indigesta caminhada até o lugar que menos eu quero ir: o lugar onde eu exponho minhas feridas, deixo de ser alguém importante e me torno apenas quem eu sou, um ser humano doente e ferido. Ás vezes para nos salvar Deus não nos faz passar pelo mar, mas nos faz mergulhar no rio. Deus sabe qual é o seu problema mais do que você, por isso Ele sabe qual é a cura adequada mais do que você. Muitas vezes a cura é imediata, mas outras vezes ela envolve muitos mergulhos. Não devemos questionar o porquê de serem 7 ou 8 ou 9 mergulhos, devemos confiar que ao final estaremos curados. Escrevi esse texto especialmente para pessoas que estão passando por algum adoecimento psicológico e emocional. Mas ele se aplica a várias situações de nossa vida quando por alguma razão resistimos ao critério da cura de Deus. Portanto quero que você considere as seguintes coisas:

1-  Qual é o seu critério da cura? Isto é, como você imagina e espera que deva ser sua cura? Pense um pouco sobre isso, pois muitas vezes é isso que nos impede de perguntarmos a Deus o que precisamos fazer para sermos curados. Ele sabe e Ele tem a resposta. Perguntar a Deus como Ele quer nos curar é um caminho para que o coração seja humilhado e, portanto, reconhecedor de que não sabe o que é o melhor pra si mesmo. Orar sem buscar entender a vontade de Deus e, tentando impor seu próprio critério é nadar contra a corrente. Por mais bem intencionados que estejamos com frequência não sabemos como orar "porque não sabemos o que havemos de pedir como convém" (Romanos 8:26). Por diversas vezes eu me percebi insistindo em um pedido e no meio da oração sentir que o Espírito me conduzia a orar de uma forma inteiramente diferente e, por meio dessa nova oração, meu coração se enchia de paz, se humilhava e descansava no Senhor. Isso acontece porque o "Espírito ajuda as nossas fraquezas; intercede por nós com gemidos inexprimíveis"(Romanos 8:26).

2- Ore para entender as condições que Deus estabeleceu para a sua cura ou tratamento. Tendo perguntado ou pedido a Deus que Ele mesmo lhe mostre qual deve ser o caminho, não se espante se Ele lhe apontar algo que envolva "águas barrentas". Não volte para casa leproso, siga para o "Jordão" e peça a Deus para que Ele te ajude a mergulhar fundo no lugar da cura.

3- Muitas vezes o que Deus requer de mim e de você, é o mais simples, mas é o que eu menos queremos fazer. Lembre-se que ao convencer Naamã de que ele deveria ir ao Jordão, o seu servo lhe disse: "se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado" 2 Reis 5:13. O orgulho nos adoece, mas também dificulta nossa cura porque tenta impor as condições da mesma. Dizemos em nosso coração: isso deveria ser assim ou assado, aqui ou acolá, de outra forma e não dessa. No final das contas você descobrirá se o que você quer de fato é ser curado ou estar certo.

4- A cura começou de dentro para fora. O capitão sírio só foi curado da lepra porque antes foi curado do orgulho do coração. A cura do coração tem frutos que se tornam visíveis aos olhos dos outros.

5- Lembre-se a cura começou com um gosto amargo e humilhador, mas terminou com renovação e transformação. Imagine a alegria de Naamã ao emergir do sétimo mergulho e ver que sua pele era nova como a de um bebê.

6- Muitas vezes a psicoterapia é um Jordão para o crente. Cada sessão é um mergulho.

7- Se você não é cristão ou simplesmente não faz ideia de quem seja Naamã, faça o seguinte: abra qualquer Bíblia Sagrada e abra no livro de 2Reis e leia o capítulo 5. Lá você encontra toda a história desse cara.

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Neemyas Dos Santos



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Neemyas Dos Santos
Um pecador salvo pela graça de Deus, marido da Lívia, uma mulher cuja alma é semelhante a um carvalho. Psicólogo e Mestre em Psicologia. Atua como Psicólogo Clínico da Universidade Federal do Maranhão.